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Rogério Sanches, Fabrício Carpinejar, a Sessão da Tarde e os Preconceitos Intelectuais

  • Foto de Cristiano Chaves de Farias Por Cristiano Chaves de Farias
  • 11/06/2017
Estou lavando a alma e farei terapia em grupo.

Agora em minhas mãos o novo livro do Fabrício Carpinejar (Amizade é também amor, ed. Bertrand Brasil), com mais uma série de crônicas (bem-humoradas, sensíveis, prospectivas…) desse jovem escritor gaúcho – um mix de terapeuta, conselheiro e poeta.

Em um dos textos (“Sou a própria Sessão da Tarde”, p. 37), Carpinejar me conduziu, qual um AirBus 380 (esse modelo novo da propaganda da Emirates), a uma viagem no tempo, me fazendo recordar de alguns (angustiantes) momentos de faculdade e de pós-formatura. Eu fazia faculdade pela manhã e acordava muito cedo, por conta do horário das aulas. Então, ao voltar da faculdade, por volta da hora do almoço, com o cansaço da manhã acumulado, me dividia entre os inesquecíveis (embora repetitivos) filmes da Sessão da Tarde e algum cochilo rejuvenescedor. Eram meus fiéis companheiros vespertinos.

Jamais pensei que falaria disso, que contaria a alguém (pior do que isso, faria uma confissão cibernética em rede!) que, enquanto não terminava a Sessão da Tarde, ninguém contava comigo para nada. Sequer os livros em véspera de prova! Se tinha de marcar algum compromisso, tinha de ser depois do filme – que, na maioria dos casos, eu já havia assistido dezenas de vezes.

Pior: eu me divertia. Ria de novo das piadas que eu já conhecia, relaxava durante as tardes. Loucademia de Polícia (jamais esquecerei o interminável Inspetor Lassard), Corra que a polícia vem aí (eu juro que eu ria de verdade), Lagoa Azul (esse eu preferia assistir só), Karatê Kid (eu já sabia a ordem dos golpes), Mulher Nota 1000 (era capaz de jurar que ela existia), Um tira em Beverly Hill (Só olhar para Eddie Murphy já me fazia rir)… eram parte de meus dias. E tinha também a cadela Lassie e a sereia de Splash! Até a vinheta da Sessão da Tarde me acalmava, acolhia a alma e ajudava a viver! Eu sonhava em ser amigo do programador da Rede Globo, almejava o seu cargo.
Obviamente, porém, eu tinha vergonha de falar isso para as pessoas. Pensava que eu era uma espécie de segunda divisão do estudos do Direito, que os bons estudantes estavam naquele exato instante lendo páginas e mais páginas de algum tratado jurídico, aprendendo intrincadas teorias do Direito Penal – aliás, nessa área há um volume grande de “esquizofrenias teóricas”, desde aquela época, perdurando até os nossos dias, como a teoria da graxa, o Direito Penal do inimigo, a tipicidade conglobante, “corpos errantes em busca de alma”, o nexo causal simultâneo ou supervieniente… Eu tinha medo de Caio, Tício e Mévio por conta dos exemplos do Direito Penal! Até hoje não entendo como Caio e Tício disparam a arma e alvejam Mévio ao mesmo tempo. Parece desenho animado.
Soube que uma prova de Penal, em um concurso para Promotor no MPRS, afirmou que Caio e Tício (sempre eles!) eram gêmeos xifópagos, nascidos no mesmo dia (informação importantíssima, sem a qual a resposta poderia não ser a mesma. Fico imaginando nascidos em dias diferentes), que conheciam Mévio, que, por sua vez, conseguiu a proeza de ficar amigo de um e inimigo do outro, que tentou matá-lo. E aí veio à pergunta: Ambos cometeram crime? Acho que se algum candidato soubesse, com convicção, essa resposta, não poderia, de nenhum modo, ser Promotor.
Enquanto isso, eu acompanhava a Sessão da Tarde e, ansiosamente, aguardava a nova exibição de Curtindo a Vida Adoidado – meu preferido! Para mim, era um clássico, totalmente compatível com meus propósitos daquele momento. O bem (ou seja, a diversão e o descanso) vencendo o mal (no caso, a obrigação de estudar). A cena em que ele finge estar doente para faltar à aula não me sai da cabeça: que frustração, nunca tive esse talento!
Agora me sinto mais leve. Espantei a vergonha de não ter sido o estudante que um padrão social impõe como exemplo de sucesso. E agradeço a dois companheiros de Sessão da Tarde – que  só há pouco, descobri: Carpinejar e Rogério Sanches. E o melhor: dois profissionais competentíssimos e admiráveis; intelectuais e pensadores, comprometidos com a construção de um mundo mais justo e solidário.
Carpinejar é um escritor invulgar, com sensibilidade aguçada. Rogério, sem medo de errar, é um dos mais talentosos e cultos professores da atualidade – muito me honra e alegra partilhar de sua companhida nos cursos do CERS e no Ministério Público, sempre almejando a excelência. Ambos fãs declarados, e igualmente confessos, da Sessão da Tarde! Tenho certeza de que aquelas tardes de semana, de algum modo, ajudaram no sucesso (merecido) deles.
É preciso respeitar o timing das pessoas! Cada um tem o seu momento, as suas necessidades e anseios. E, como diz a poesia de Drumond, “cada ser humano é especial pelo simples fato de ser humano”.
Afasto de mim o estigmatizante preconceito de que as pessoas possuem modelos enquadrados para “dar certo”. Como se quem gosta de dormir (também me enquadro nessa categoria) ou curte a vida adoidado (literalmente, como a Sessão da Tarde) fosse menos comprometidos com bons propósitos. Não há fórmulas para o sucesso. Cada um “constrói a sua história” e cada um de nós “carrega o dom de ser capaz, de ser feliz”, como diz a bela música do Almir Satter.
Fiz a minha terapia aqui para propor mais alteridade, em tempos de tanta intolerância. Assim como quem assiste a Sessão da Tarde também está premido de bons propósitos de vida, a pessoa que pensa diferente de você não é, necessariamente, do mal. Respeite a diferença para ter direito à igualdade!
De todo modo, tomara  que meus filhos não leiam esse post…
  • Carpinejar, Cristiano Chaves, Direito Fundamental, Rogério Sanches, Sessão da Tarde
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